sábado, 22 de dezembro de 2012

Avaliação F.D.P. - Atlético-MG 3x2 Fluminense (21/10/2012)

Jogo tensíssimo, também. Fluminense e sua mania de entregar pra time pequeno.

Link pro original: https://www.facebook.com/fludadepressao/posts/295842543851182

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AVALIAÇÃO F.D.P. (FLU DA DEPRESSÃO)
TIME QUE TEM MENOS TÍTULOS QUE O BAHIA 3, FLUMINENSE 2

Antes das notas individuais, uma avaliação geral. A derrota é mais ou menos aceitável. Porque 1) o Galo ainda não havia perdido em casa; 2) o Galo jogou bem melhor; 3) o Fluminense tem uma predisposição a entregar a rapadura para times pequenos. Foi assim contra Atlético-GO, quase foi assim contra a Ponte Preta e foi assim contra o Atlético-MG. Esses três últimos times, somados, têm menos títulos de elite do que o Bahia. Nesses casos, o Fluminense naturalmente se complica. A única situação que me incomoda nessa derrota é perder um jogo decisivo pro Cuca, com gol no final do segundo tempo. Isso não tava no script. E é estranho. Muito estranho. No mais, ainda são seis pontos de vantagem. Então, por mais que os antis queiram desestabilizar a torcida, não deixem.

Vamos ao que interessa:



DIEGO CAVALIERI – Nota: LÁGRIMAS
Deu pena. Parecia um guerreiro solitário lutando contra um exército inteiro. No primeiro tempo foi o melhor jogador em campo, impedindo que o placar ao intervalo marcasse 4 a 0. Ainda contou com a sorte de São Castilho pra guardar três ou quatro bolas na trave. Porém, quando eu vi que ele havia flexionado os músculos da face para apresentar outra expressão que não a de calmaria e frieza, eu notei que havia algo de diferente no ar. Senti medo. Senti o perigo ao redor. Senti que o mar não estava pra peixe. Senti que o clima não estava propício e que o vento estava batendo errado. E não deu outra. O Mito Sagrado das Balizas Tricolores, O Melhor Goleiro de Todos os Esportes Em Que Existam Goleiros, Neste e Em Qualquer Outro Universo Que Venha a Existir, sofreu três gols pela primeira vez no campeonato – dois do (lágrimas) Jô. Acho que o único defensável foi o segundo, mas ainda assim era difícil, porque a bola foi no contrapé. Mas é complicado. Estamos acostumados a ver o Iceman catar tudo; quando alguma entra, ficamos procurando explicações. Às vezes, não há. A bola simplesmente entra. Acontece. 

MORIBRUNO – Nota: 0
Hoje o Bruno até que apareceu no ataque, mostrou um pinguinho de raça, mas continuou sem ir à linha de fundo e sem acertar cruzamentos. A relação desse rapaz com a linha final deve ser do tipo alérgica; a linha de fundo está para o Bruno assim como a luz do sol está para um vampiro. O problema maior foi que o Bernard fez o que quis em cima do nosso lateral-estéril. Simplesmente o que quis. O moleque teve uma convulsão na semana passada e, hoje, tava lá, tirando o Brunão pra dançar. O que dizer da marcação do rapaz no lance do segundo gol do Galo? Simplesmente inútil. Ronaldinho e Bernard fizeram o que quiseram por ali. O foda do Bruno é que quando ele faz alguma merda ou entrega algum gol, a gente só pode suspirar e falar “porra, de novo”. É. Porra, de novo.

MELHOR ZAGUEIRO DO BRASIL – Nota: 7
Sobrecarregado pela pressão atleticana e pelo fato de ter que jogar por ele e pelo Digão, apresentou a tranquilidade e a experiência de quem é o melhor zagueiro do Brasil, jogando com serenidade (LÁGRIMAS para os dois dribles que ele deu na saída de bola no primeiro tempo). Teve dificuldade pra segurar as progressões em diagonal do Galo, mas foi, num geral, bem. Não foi MONSTRUOSO e EXCEPCIONAL como vinha sendo, mas foi bem.

MELHOR ZAGUEIRO DO BRASIL, SÓ QUE AO CONTRÁRIO – Nota: 0
Digão simplesmente fez com que o Jô parecesse um Van Basten negro e de black power. Pra quem não conhece o Van Basten, procurem no YouTube. Curiosamente, quando o Digão esqueceu o Jô pra marcar o Ronaldinho, este não conseguia criar como criava quando o Diguinho o marcava. O problema foi que o Digão marcou muito mais o Jô do que marcou o Ronaldinho. O resultado vocês sabem: dois gols, uma bola na trave e outras boas três ou quatro chances perdidas. Cada bola alçada pro cara era um Deus nos acuda. A única coisa que o Digão marcou decentemente hoje foi a bola; as costas pareciam um poleiro, poleiro este que o Galo fez de casa. O Digão também serve pra acabar com o mito de que o “inho” é proporcional ao futebol: o Diguinho é um merdão e o Digão é um merdinha. Pelo menos o Digão tem tempo pra melhorar.

CARALHINHOS – Nota: 1
Quando eu vi o Carlinhos indo à linha de fundo e dando uma assistência perfeita pro Fredgol marcar o 100º - aliás, o Carlinhos é bom em dar assistência para marcar significativas, haja vista a do gol do título -, ficou evidente pra mim que tinha algo de errado na atmosfera do Independência. A assistência, porém, foi tudo de positivo que ele fez no jogo, e é a única coisa que me impede de lhe dar uma nota zerada, ou ainda abaixo disso. Teve uma relação de amor e ódio (mais ódio do que amor) com a bola, tinha tanto buraco na defesa pelo lado esquerdo que aquele lugar mais parecia um queijo suíço e, para sua infelicidade, o terceiro gol saiu em cima dele. Para mim, não tem como culpa-lo pelo gol, já que o Leonardo Silva é 200 metros maior do que ele, mas vai ser azarado assim lá em Laranjeiras, hein ô.

LERDINHO – Nota: 4
Tava igual jogador de pebolim (ou totó, como quiserem): só se mexia lateralmente e só sabia bicar a bola (sério, visualizem isso mentalmente, é bem engraçado). Acabou não marcando ninguém. Vez ou outra, num lapso de disposição, conseguiu alguns desarmes, desarmes até importantes, mas não repetiu as boas atuações das últimas rodadas. Havia um espaço gigantesco na nossa intermediária que serviu de caixinha de areia do meio-campo do Galo. Aliás, não só do meio-campo, já que até o Leonardo Silva saiu da zaga e fez umas graças por ali.

RODRIGO BITTENCOURT – Nota: ERROR
Há uma semana eu profetizei na Avaliação F.D.P. (Flu da Depressão) do jogo contra o Grêmio: “Vai tomar no cu de antemão, filho da puta. Já sei que você vai fazer merda em Minas.” E não deu outra. Rodrigo Bittencourt – a partir de hoje só chamo pelo nome, pra não acharem que tenho intimidade com esse excomungado – era tragédia anunciada. Esse filho de uma mula-sem-cabeça entrou em campo com a obrigação de marcar o Ronaldinho Gaúcho e fez EXATAMENTE O CONTRÁRIO, dando todos os espaços do mundo pro cara jogar. E deu no que deu: o maluco sobrou em campo e parecia até o R10 do Barça. Se eu começasse a xingar o Rodrigo Bittencourt hoje e só parasse no final da minha vida, eu morreria com a sensação de que meu dever ainda não teria sido cumprido. Caralho, Rodrigo Bittencourt, eu te odeio. Você devia ser um espermatozoide envenenado, marcado pelo Satanás para vir à Terra semear a discórdia, a dor e a tristeza. Todos sabiam que não era pra fazer falta perto da área. O que o Rodrigo Bittencourt fez? FALTAS PERTO DA ÁREA!!! “Ô RODRIGÔ, MARCA O RONALDINHO DE PERTO!” E o que ele fez? MARCOU DE LONGE!!! CARALHO!!! DIGUINHO, SEU FILHO DA PUTA!!! Será que o Abel tem que passar a instrução ao contrário pra você fazer certo seu mongoloide? Seu cérebro tá com defeito? Aliás, você TEM cérebro? Se tiver, essa merda deve ser do tamanho de uma ervilha. Isso quando essa merda inflar. Caralho, Diguinho, eu te odeio pra caralho. Aliás, eu te odeio pra caralho à beça. Só não te mando pro inferno por pura pena do capeta.

DECO – Nota: 0
Toda vez que o Deco pegava na bola, eu não sabia se estava assistindo a Atlético-MG x Fluminense ou a um vídeo de melhores momentos do aniversário da minha bisavó – que precisava de um andador, tadinha. Uma lentidão impressionante, passes sem rumo, pouca criatividade, muito nervosismo e muita, muita reclamação. Porra, o maluco tava reclamando mais que motorista de van na hora do rush. Estava longe de ser o Mago Magoso que estamos acostumados, e eu fiquei duplamente decepcionado à medida que esperava que ele fosse o nosso ponto de equilíbrio hoje. Nem parecia um senhor de quase 40 anos que já foi bicampeão europeu. Parecia mais um moleque recém-saído das categorias de base e que errava tudo que tentava. Assim é foda. Alguém dá um viagra pro tiozão acordar, porque se ele continuar nessa modorrência até o final do campeonato, a gente vai ter SERIOUS PROBLEMS.

THIAGO NEVER – Nota: 0
Podre, morto, lixo, sem-sangue, eu poderia ficar até meia-noite do domingo que vem xingando esse salburrento de todos os nomes ruins que eu encontrar, mas ainda assim, seriam insuficientes. Custou uma fortuna, recebe uma fortuna mensal e pontualmente mas, quando entra em campo, não consegue dar três passes seguidos ou acertar um chute a gol. Parece uma porra de um juvenil subnutrido e aidético. “Ah, mas ele corre, ele marca”. Porra, pra marcar a gente tem dois volantes e dois zagueiros, não fode. Será que ele já tá com a cabeça no Milan? Eu não recomendaria, porque pelo andar da carruagem ele vai ser reserva do Boateng por lá. Tava quase terminando a Avaliação quando vi gente nas redes sociais exaltando o fato de ele ter “zoado” o Atlético quando saiu de campo. Porra, pra zoar o Atlético, JÁ BASTA O PRÓPRIO ATLÉTICO. EU QUERO É QUE VOCÊ JOGUE BOLA, SEU VIADO!!! PARA DE JOGAR PRA TORCIDA E JOGA EM CAMPO!!!

WELLINGTON NEM – Nota: 7.5
Apanhou mais que escravo no tronco. Só de falar o nome dos volantes e dos zagueiros do Atlético, escorre sangue pelo canto da minha boca. O Mito Mitinho fez um gol de matador, mas foi muito prejudicado pela marcação truculenta dos caras e aparenta estar passando por um processo de Marcosjúniorização, uma rara síndrome que faz com que as pessoas consigam fazer apenas duas coisas ao mesmo tempo. O Wellington Nem parece que não consegue mais correr, respirar e pensar, haja vista o que ele fez no primeiro tempo, depois daquele passe espetacular de cabeça do Deco. Fugiu da falta, driblou o goleiro e preferiu tocar pro Fred que estava marcado por 482 jogadores do que tentar a finalização. Vou dar um 7.5 pelo conjunto do gol e da disposição apresentada, apesar da falta de sagacidade. 

FREDGOL TRANSÃO – Nota: 9
Assistência perfeita pro Wellington Nem no primeiro gol e muito oportunismo, artilheirismo e transabilidadorismo no segundo, empurrando a bola de carrinho e marcando o centésimo gol pelo Flu dentro de campo – fora dele, já deve ter mais que Pelé, Romário e Túlio Maravilha juntos. Com a transabilidade à flor da pele, ainda saiu de campo, ao vivo, em rede nacional, na Globo, falando merda e chamando o Cuca de “fanfarrão”. Poxa, Fredgol, isso não se faz. O cara deve estar chorando lá no vestiário até agora, ele é sensível. Agora é canalizar toda essa raiva pelo Alexis Stivice pra guardar o 105º já na quinta, contra o Coxa. E PARA DE TOMAR AMARELO, SEU VIADO!!!

WAGNER – Nota: 7
Entrou em campo e meio que construiu a jogada do gol de empate do Flu, dando ótimo passe pro Carlinhos. E foi só. Tentou dar um gás no meio-campo pra fechar os espaços, mas nem que contratássemos a Ricardo Berna Empreiteiras S/A pra construir um muro no meio-campo (quem lembra dessa?) teria resolvido, já que o Diguinho provavelmente entraria em campo com uma picareta pra abrir buracos na construção e deixar o Galo jogar. Mas é algo de se preocupar quando, em um time que tem Deco e Thiago Neves, o meia mais produtivo ser o Waguinho. Tem que ver isso aí.

RAFAEL SÓBIS – Nota: 5
Hoje a Profecia do Sóbis foi anulada pela Profecia do Rodrigo Bittencourt. Nosso talismã entrou em campo e os gols saíram, mas como o Rodrigo Bittencourt estava em campo, gols também saíram para o Atlético-MG. Acho que a estrela do Sóbis só é menor que uma coisa nessa vida: a predestinação do volante supracitado em fazer merda e entregar a rapadura.

SAMUEL – Nota: 10
Só vi entrando em campo. Nem saindo eu vi. Leva um 10 só por ter entrado no lugar do Edinho.

ABEL BRAGA – Nota: -160
A nota do Abel é sempre de soma em soma. Então, vamos lá: -10 por ter colocado o Braguinha no mundo e -10 por ter colocado o Braguinha no banco. -50 por ter entrado em campo retrancado e -100 por ter tomado uma pressão absurda dos caras DURANTE O JOGO INTEIRO. O esquema do Abel hoje foi o 1-10, onde o cérebro do time é o Diego Cavalieri e os outros 10 ficam andando aleatoriamente pelo campo. -10 por ter demorado a mexer, porém, +20 por ter tido culhões de sacar o Deco e o Thiago Neves pra colocar Wagner e Sóbis. Acho que eram as substituições que toda a torcida queria. Agora, a charada do dia: durante todo o campeonato, o Flu fazia gols e estacionava o ônibus na frente da área, defendendo a vantagem. Porque hoje, contra o Galo, em Minas, ele não fez isso? Porque tentou ir pro ataque? Era pra ter colocado o Fred na esquerda, como ele faz sempre. Ele, pelo menos, teria ganho do Leonardo Silva no lance do terceiro gol. Ou não, né? Viver de “se” é foda. Se a minha mãe tivesse bolas, eu teria dois pais.

EU
Vocês darão a nota. O que acharam da minha estreia no rádio, na transmissão do FutRio? Sejam fofinhos, estou tristinho porque o Flu perdeu e ainda tô meio gripado. De resto, é isso. Já mandei essa duas vezes hoje, mas vou mandar de novo: ao contrário do Diguinho marcando o Ronaldinho, tamo junto!

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