domingo, 9 de junho de 2013

Avaliação F.D.P. - Fluminense 2x0 Bangu (21/04/2013)

Rhayner rumo aos 1.000 gols.

Link pro original: https://www.facebook.com/134612576640847/posts/363482210420548

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AVALIAÇÃO F.D.P. (FLU DA DEPRESSÃO)
FLUMINENSE 2, BANGOO 0

Parafraseando o @pcfilho, direto do Twitter: "34 anos após ser 'bicampeão no mesmo ano', Flamengo é 'bieliminado no mesmo ano'". E digo mais: DUAS VEZES PELO RHAYNER, firme e forte na corrida pros 1.000 gols.

Curtinhas:

1) WALLACE NUNCA MAIS.
2) NUNCA MAIS!!!

As notas:



RICARDO BERNA – Nota: 10
Fez duas defesas no segundo tempo que fariam Diego Cavalieri movimentar sua sobrancelha 0,5 mm para esquerda, o que demonstraria a sua satisfação extrema com o bom desempenho do seu reserva perpétuo. A grande sacada do jogo de hoje foi a oportunidade de ver alguns jogadores que a gente já não vinha vendo. Com o Berna, voltou aquele nervosismo, aquele medo de alguém colocar uma bola no cantinho e ele não alcançar por conta dos braços do tamanho de uma raquete de ping-pong. Para surpresa geral, o cara não tomou gols e ainda cravou duas defesaças no segundo tempo. Well done, Berna. Well done.

WALLACE – Nota: -250
Seria o pior em campo mesmo que os outros 21 jogadores jogassem de chinelo e meia. Imitou com perfeição a função do Thiago Neves antes da lesão: de destruir toda e qualquer jogada pró-Fluminense. Já começo a ficar com pena do Chelsea e acho que, por justiça, poderíamos devolver parte do dinheiro que esses caras pagaram nesse perna-de-pau. O moleque não tem recurso nenhum, técnica quase inexistente, aparenta ser rápido, mas na verdade é tão rápido quanto um cágado cagado. Além do mais, parece ter uma predisposição natural a fazer sempre a jogada errada. Não entra na minha cabeça o fato de o Abel continuar insistindo com um merdinha que já tá vendido ao invés do tal do Igor Big July (Igor Julião), que em 30 minutos em campo já mostrou que sabe muito mais de bola.

BIG DIGO – Nota: 7
Quando eu olhava de relance pra televisão e via algum lance em que o Digão estivesse presente, a sensação que eu tinha era de que o Abel tinha escalado uma geladeira Consul preta na zaga que sabia pular e dar carrinho. Sei lá, com essas invenções novas, vai saber? Na base do “se não tem tu, vai tu mesmo”, o Digão já deveria ter se estabelecido como a terceira opção da zaga, mas o Abel deve ter alguma visão especial, sei lá, de X-Men, que faz com que ele veja alguma coisa de decente no Anderson. Vai ver o Abel consegue prever o futuro e conseguiu ver que o cara vai arrebentar. O que eu sei é que o Abel vê alguma coisa que nem eu nem você conseguimos enxergar nesse cara. 

ANDERSON – Nota: 5
Convenhamos: o cara não teve muito trabalho pra marcar o poderoso ataque do Bangoo, né? Ainda assim conseguiu dar uma pixotada que quase deu um gol pros caras. Aquela cara de choro também não me desce. Toda vez que eu vejo esse rapaz ali dentro da nossa área, com aquela expressão tristonha e aquela munhequeira ridícula, eu me sinto mal. Deve ser pela munhequeira

MONZÓN – Nota: 6,5
Atuação marrom do cara-que-todo-mundo-quer-que-jogue-bola-porque-ninguém-aguenta-mais-o-Carlinhos. Marromenos. Não produziu muita coisa na frente, mas mostrou muita segurança atrás, como já havia acontecido nas outras [escassas] vezes em que teve chance de mostrar serviço. Muito bom no 1-contra-1, boa noção de posicionamento e antecipação. Outra coisa que me chamou a atenção foi a calma. Hoje ele não chegou a ser o Bonzón, tampouco o Bostón. Foi, apenas, Monzón. O que, a priori, ainda é pouco pra botar o Soneca no banco.

ABEL JR – Nota: 9
Por mais incrível que pareça, achei que o Braguinha fez uma excelente partida. Consistente na marcação e, como diria o Bragão, EXUBERANTE com a bola nos pés, fazendo boas viradas de jogo. Como nem tudo é perfeito, toda vez em que ele pensava em dar um passe um pouco mais vertical, a bola não encontrava rumo. Óbvio, não vai ser de um dia pro outro que o menino Fábel vai virar o Xabi Alonso. Óbvio, também, que uma partida contra o Bangoo não pode servir de parâmetro, mas pelo menos já sabemos que o moleque tem algum recurso. Com alguma dor no coração, digo que, talvez, tenha sido o melhor em campo.

LITTLE DIGO – Nota: 7,5
Que saudades! Só que não. Cada vez que a câmera dava um close na cara desse sujeito, lá estavam seus cabelos esvoaçantes e seu rosto vermelho, com sua tradicional expressão de desesperado – já repararam que ele sempre parece estar desesperado? Parece até que tá devendo pra Polícia Federal (ops). Foi uma atuação como nos seus áureos tempos: implacável na marcação, antecipando jogadas como se pudesse ler a mente dos caras e, claro, passes errados. Muitos. Vários deles. O Diguinho devia investir no comércio e exportação de passes errados, porque ele, sozinho, é uma fábrica deles. 

XAVELIPE – Nota: 8
Descobri o critério do Abel pro Felipe poder jogar mais de cinco minutos: só vale se o jogo for em São Januário. Abel, o cara já saiu do Vasco! E joga muita bola. Muita classe, uma tranquilidade cavalieriana no meio-campo, sempre pensando o jogo e dando bons passes. Enquanto o saudoso Fernando Bob tinha o passe pra frente como ÚLTIMA opção dentro de campo – antes dela ainda estavam fingir lesão e pedir substituição –, o Felipe parece que SÓ tem essa opção. Ele sempre verticaliza o jogo, sempre encontra espaços, sempre arredonda o meio-campo. Sem correr, ele faz o time inteiro correr. Pra mim, já pode ser efetivado na função do Deco. 

RHAYNER – Nota: 9
Malandro é o Rhayner, que só faz gol pra eliminar o Flamengo. O novo titular absoluto – ou você consegue enxergar o Fluminense sem ele? Com a modorrência do Deco e do Thiago Neves? – do meio, do ataque e da defesa tricolor parece que faz gol quando quer, e tem uma preferência por fazer gols quando for para foder o Flamengo. Podemos dizer que o Rhayner é uma versão 2.0 do Rodriguinho, saudosamente conhecido como Ruimdriguinho, que poderia ficar meses sem meter gol até em jogo-treino contra time de futebol de 7, mas se visse uma camisa rubro-negra, encarnava o Gerd Muller do sertão e marcava logo dois. Sozinho, o Rhayner conseguiu eliminar o Flamengo DUAS VEZES da Taça Rio. Rhayner: cada vez mais acomodado em nossos corações.

RAFAEL RISES – Nota: 9
Não vem jogando muita coisa, não vem fazendo nada de espetacular, mas não podemos deixar passarem batidos os três gols nos últimos três jogos. O que me impressiona é o fato de o Abel ter treinado o cara a vida inteira e ter precisado de dois anos no Fluminense pra ver que o Sóbis, há muito tempo, não é mais um segundo atacante (tampouco meia, né porra?). Entre Samuel e Michael, que tem boa vontade mas parecem ter um problema crônico quanto ao ato de DOMINAR BOLAS e não são consistentes na cara do gol, o Pai da Molecada Mais Bonita do Brasil surge como a opção mais viável e confiável pra substituir o Fredgol Saudades. Falando em “Molecada Mais Bonita do Brasil”: SAUDADES. Voltem pro instagram, Sobinhos! A torcida compra fantasias novas pra vocês =~~ 

SAMUEL – Nota: 6
Outro acerto do Abel, que parece ter enxergado que o menino Sacruel é bem mais cruel jogando pelos lados do que de centroavante. Hoje, na verdade, ele só foi cruel com os torcedores GUERREIRÍSSIMOS que foram até São Januário acompanhar aquela pelada, mas apresentou-se bem pro jogo e estava a todo momento tentando criar algo pela esquerda. O problema era na finalização e, PRINCIPALMENTE, no domínio. Poderiam editar um vídeo com os erros de domínio, colocar em câmera lenta e uma música da Celine Dion ao fundo. Seria um filme tão dramático e choroso que concorreria até ao Oscar.

EDUARDO, FERNANDO E BIRO BIRO – Nota: 3 ‘veis’ 8 = 24
Resolvi fazer a avaliação conjunta pra dizer que nunca estive tão entusiasmado com a safra de moleques da base como agora. A dupla Eduardo & Fernando poderia estar cantando sucessos do sertanejo universitário em algum boteco perto da sua casa, mas ao invés disso, estão por aí driblando a galera e dando bons passes. Esse Eduardo, pra mim, é o mais promissor. É inteligente, tem bom passe e não é fominha; um meia organizador de primeira, pros viciados em FM como eu. Já pode barrar o Thiago Neves – se bem que, pra mim, até um jabuti poderia pegar a 10 e entrar no lugar desse infeliz. O Fernando me lembra os wingers do futebol inglês, jogando aberto pelo lado, vai ao fundo com frequência. Também tem boa técnica, mas achei mais individualista do que o Dudu. O Biro Biro entrou em campo mais perdido que nota de cinquenta na minha carteira, mas deu uma assistência e quase fez um gol no primeiro lance. Não sou muito chegado em atacantes nanicos, mas boto alguma fé nesse moleque.

ABEL – Nota: 7
Primeiramente, parabéns e obrigado pelos 200 jogos. Se não fosse por você, talvez o Renato Gaúcho teria uns 400 jogos e isso seria foda de se discutir em uma mesa de bar. Quanto ao jogo: poupou certo e mandou a campo os reservas certos. O time esteve bem nos 30 minutos iniciais e nos 25 minutos finais; o vácuo nesse meio-tempo foi um dos principais erros e o Bangoo chegou a PRESSIONAR!!! Porém, quando o time jogou, jogou bem, fluidamente, um time largo, ocupando os espaços e jogando pra frente. Mandou BENZAÇO em colocar os três moleques em campo. Sem pressão, o trio jogou leve e protagonizou boas jogadas. Fiquei realmente feliz com o desempenho do Trio Ternurinha. Também já adiantou que pode poupar o time nas semis por conta da Libertadores. Outra bola dentro. Mas, pra mim, o melhor momento foi o fato de ele estar COMENDO O TIME NO ESPORRO mesmo vencendo o Bangoo por 1 a 0 com um time cheio de reservas. Esse é o fundamental. Não deixar esses putos se acomodarem nunca.

GESTÃO PETER SIEMSEN – Nota: MELHOR EM CAMPO
Vender 60% do Wallace por incríveis QUATORZE MILHÕES DE REAIS é feito digno de prêmio. Parabéns a todos os envolvidos.

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