Esse deve ter sido o maior jogo da carreira do Thiago Neves depois, obviamente, da final da Libertadores de 2008.
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AVALIAÇÃO F.D.P. (FLU DA DEPRESSÃO)
VASCO 1, FLUMINENSE 2
Gostaria de iniciar esta AVALIAÇÃO F.D.P. (FLU DA DEPRESSÃO) com algumas palavras:
“Alguma coisa acontece nos nossos coraçõezinhos
Que só quando cruzo a Ipiranga com a avenida Carlinhos
É que quando eu vi esse puto em campo eu nada entendi
Da tua incrível preguiça de chegar ao fundo da linha,
Desse futebol que ele apresenta, esta bela merdinha”
Obrigado pela atenção. Vamos ao que interessa:
DIEGO CAVALIERI – Nota 7
Sem culpa no gol do Vasco – o que já é um avanço. É bom ter um cara seguro como ele debaixo das traves. Comprovando o velho ditado de que goleiro bom também tem sorte, ele contou com a ajuda do agora eterno Félix – descanse em paz, que deu um tapinha na redonda naquela bola do Tenório QUE POR SINAL ESTAVA IMPEDIDO EM CONDIÇÕES RAFAEL MOURÍSTICAS.
BRUNO – Nota +10
Apresentou a tradicional preguiça de ir pra linha de fundo, mas deu bons passes e até que uns bons cruzamentos de ¾ do campo. Assim como o Wellington Nem, vou fazer justiça e falar que não dá pra malhar o rapaz, que ficou um tempão parado por conta de lesão e voltou direto de titular. Ele já é um bosta em forma, fora dela, então... Vai levar um +10 por ter me poupado da humilhação de levar um gol de calcanhar do Alecsandro.
GUM – Nota +30
-10 pelo gol contra, -10 por me fuder no Cartola, +50 por ser o Melhor Zagueiro da América do Sul. O Gum não é jogador de futebol. Jogador de futebol joga futebol como profissão; o Gum BRINCA de jogar bola. Fez o gol contra?! Fez. Mas os deuses do futebol não iriam deixar que esse Samurai da Zaga Tricolor deixasse o campo maculado por ter feito o gol dos caras. Os deuses do futebol escrevem certo por linhas tortas e transferiram os poderes sagrados do Melhor Zagueiro da América do Sul para abençoar o Thiago Neves e exorcizá-lo. Se a bola vem pelo alto, ele paira no ar, como um anjo, e tira; se ela vem por baixo, ele dá um totózinho e afasta; se vai nas costas de alguém, ele desliza lateralmente, de forma graciosa, e afasta. Um mito. Gum é um mito.
LEANDRO EUZÉBIO – Nota 10
Todo grande homem tem o seu braço-direito: assim como Frodo tinha o Sam, assim como John Lennon tinha Paul McCartney, assim como o Bob Esponja tem o Patrik e assim como o Batman tem o Robin (heterossexualmente), o Gum tem Leandro Euzébio. O Zagueiro Mais Bonito do Brasil é tão bom na cobertura que devia virar sorveteiro. Ainda sai pro jogo driblando, o que é irado, é dez. Vamos pra baleia, lindo lindoso.
AVENIDA CARLOS ANDRADE DE SOUZA – Nota 0
A fase anda tão ruim que o gol do Fred foi anulado só porque o Carlos tinha ido à linha de fundo. O árbitro preferiu celebrar esse feito inédito do que validar o gol. Carlos, ESSA é a melhor fase da sua carreira? Esse futebolzinho de merda? Desse jeito a única seleção que tu vai estar é de jogadores que mais me tiraram do sério. No primeiro tempo ainda fez brotar um fio de esperança por entre a escuridão, mas no segundo voltou a ser o Carlinhos de sempre e levou mais bolas nas costas do que meus dedos conseguem contar. E eu já sou ruim de conta, então já viram né
EDIMO – Nota 10
Perfeito na sua função: a de ser um zero à esquerda. Ver o Edinho em campo me dá a impressão de que o Fluminense é um cabide de empregos. Essa relação Edinho-Abel deve ser que nem você contratar uma banda pra um show, eles estipulam um preço e falam “aquele cara ali é da equipe”, aí você tem que deixar o cara entrar, mas o cara só fica lá assistindo ao show do palco, saca? Não faz porra nenhuma. Então, o Abel é a banda e o Edinho é esse cara. “Ah, mas ele empurrou a barreira”. Porra, foda-se. Podia ter o Empire State Building ali que o espírito do Thiago Neves ia fazer a bola entrar.
JEAN – Nota 7
Não foi brilhante como nos outros jogos, mas ainda assim foi fundamental na transição defesa-ataque. Pra virar um volante perfeito só falta deixar o cabelo crescer e pintar de loiro, porque eu sinto falta daquela malemolência surfista que o Diguinho proporciona à meia-cancha tricolor.
WAGNER – Nota 8
Confesso que quando ele pegou a bola no lance do primeiro gol eu ri e pensei, “Wagner puxando um contra-ataque? Semana que vem a gente chega na área”. Mas ele, tal qual uma flecha, como o Sonic atravessando o cenário sem se preocupar em pegar as moedas, penetrou na defesa do Vasco como faca na manteiga, e cruzou na medida, no açúcar, no amor, no sentimento pro Thiago Neves carimbar. O Wagner é útil, disciplinado e aguerrido. A evolução dele é evidente e dá gosto de ver. Um Marquinho, mas que sabe jogar bola.
THIAMO NEVES – Nota ERROR
O Thiago Neves é uma espécie distinta de espermatozoide vencedor. Ele deve ter vencido um clássico com outro espermatozoide rival antes de sair da bolsa escrotal de seu papai. A camisa 10 cai bem e o seu espírito em clássico torna a atmosfera diferente. É como aquele chefão da máfia dos filmes com um assassino especial: quando a parada esquenta, ele faz apenas um sinal e o cara resolve. MAS Ó: VOCÊ NÃO ME ENGANA, FILHO DA PUTA. Você jogar bem em clássico é normal e perpétuo, eu diria que já está escrito na história do futebol carioca; mas você não vinha jogando nada com nada e, se voltar a jogar nada com nada, a chinela cantará. Estás com o buracolho anal a dar bote; cuida dessa porra. Mas é óbvio que não vou dar nota negativa pra ele hoje. Esse lindo lindoso. E digo mais: considerando que, historicamente, o Thiago Neves só tem o costume de jogar um turno do Campeonato Brasileiro e que, nesse ano, o primeiro turno dele foi mais feio que roubar dinheiro da vovó pra comprar crack, é bom o pessoal lá da terra do pão de queijo ficar de olho
WELLINGTON NEM – Nota 5
Foi mediano – no máximo. Mas não dá pra malhar o rapaz, que ficou um mês parado com lesão muscular e voltou de titular no clássico. Ele não ia enterrar com areia que nem fez na Taça Guanabara, então, vamos ter calma com o Mito Mitinho, que se Deus quiser, ficará pra sempre.
FRED – Nota 0
Sabem quando você vai à casa da sua tia distante e ela tem duas criancinhas de, sei lá, sete anos, e você vai jogar bola com eles? Não é fácil? Deve ter assim que o Dedé se sentiu ao marcar o Fred hoje. Fred você está nojento; você tá parecendo um veterano, Fred. Aquele lance no segundo tempo em que a bola sobrou nas costas e o capitão largou cinquenta metros na frente do Dedé pra chegar 200 atrás foi digno de pena. Não obstante, ainda fudeu meu Cartola – o que lhe rende -10. Mas como também fudeu com a mulher ~~alheia~~, ganha um +10 e fica tudo no amor.
DIGUINHO MARCELINHO – Nota 7
Peraí, deixa ele ajeitar o cabelinho. A graça, o charme do futebol do Diguinho é que, quando ele entra no decorrer do jogo, você pensa, “caralho, pra quê? O que esse filho da puta vai agregar aí?” E esse é o charme, a emoção de tê-lo no time. Quando ele entra, você sempre pensa que ele pode fazer uma jogada genial e decidir o jogo ou fazer uma parada imbecil e entregar a rapadura. Ou os dois. Torcer pra um time que tem o Diguinho em campo é emocionante.
RAFAEL SÓBIS – Nota 8
Se você chegar a uma festa acompanhado do Eike Batista, as minas vão pirar em você porque acham que você tem bala na agulha. Só porque o Eike tá contigo. Quando você joga com o Rafael Sóbis, é quase a mesma coisa: só que ao invés de mulher, quem fica no seu cangote são as vitórias. Sem Rafael Sóbis: 0x0. Com Rafael Sóbis: 2x1.
SAMUEL – Nota 0
Jogador mais burro da história do futebol intergaláctico. Ser suspenso porque tomou dois cartões amarelos seguidos porque tirou a camisa em um jogo e chutou a bola depois do apito em outro é de cair o cu da bunda. E O PIOR: ele ERROU o chute. Tá de brincadeira né meu parça?!
ABEL BRAGA – Nota -20
-10 por ser pai do Fábio Braga e -10 por ter voltado com o Edinho pro time titular. O bom é que o Abel nasceu pra fuder o Vasco. Devia considerar a possibilidade de mandar o Edinho pra lá, seria bem eficiente. O Sr. Abel Carlos Sorte Braga, como já dito em avaliações anteriores, nasceu com a bunda virada para a lua e, a julgar pelo tamanho daquela poupança, o semi-eclipse que ocorreu naquele momento parece ter selado o seu destino: o de filho da puta mais sortudo do mundo. O Fluminense, hoje, jogou bola; não foi o Barcelona, mas já jogou bola, o que é um avanço para um time que parecia jogar “Acerte a Cobrança de Falta”.
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