Reparem que corria o mês de JULHO (!!!) e a melancolia já havia tomado conta deste que vos fala. Nosso treinador ainda era o saudoso-porém-não-muito Abel Carlos Braga.
Link pro original: https://www.facebook.com/fludadepressao/posts/398880580214044
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AVALIAÇÃO F.D.P. (FLU DA DEPRESSÃO)
GRÊMIO 2, FLUNÃOVENCE 0
Juro que eu estava escrevendo uma Avaliação completa, bonitinha, como forma de ao menos tentar recuperar o tempo perdido (pra quem não sabe, o F.D.P. anda inativo porque agora eu tenho um emprego de verdade). Inclusive adiei viagem pra ver o jogo até o fim e poder voltar a escrever a Avaliação.
Aí o Abel colocou o Diguinho no intervalo e, cinco minutos depois, o Grêmio abriu o placar em mais uma falha do Edinho. Aí eu também lembrei que o Fluminense deve pagar uma pequena fortuninha mensal pro Wagner, cuja participação se limita a andar em campo e dar passes pro lado, enquanto tem gente que trabalha de 6h às 20h pra ganhar 700 dilmas.
Aí também você para pra ver jogos de outros times – pra quem gosta de futebol e é tricolor, eu recomendo, porque pra gente tá osso – e vê que todos eles, até mesmo o Náutico, a Portuguesa e essas merdas todas, têm um mínimo de coesão, algumas jogadas de infiltração, enquanto a única jogada do Grande Abel Braga é a bola levantada na área do bico da grande área, a famigerada bola que o nosso atacante vê de lado e que o zagueiro adversário vê de frente.
Aí você também lembra que quando o jogo chega mais ou menos aos 20 minutos do segundo tempo, o Abel começa a tirar, um por um, os volantes e os meias, enchendo o campo de atacantes, como se isso fosse resolver – sendo que nem no Brasfoot dava certo. E, no final do jogo, quando o Fluminense emplaca a enésima derrota seguida, nosso “treinador” profere um discurso bonitinho, assumindo a responsabilidade, falando que vai consertar os erros durante a semana.
E na semana seguinte ele volta com uma jogada nova: Carlinhos no primeiro pau.
E mesmo quando o Brasil inteiro enxerga que (A) não temos zagueiros confiáveis; (B) não temos laterais confiáveis; (C) não temos volantes confiáveis; (D) não temos meias; (E) não temos atacantes confiáveis (embora tenhamos o Fred, mas que a essa altura do campeonato deve se considerar mais jogador da Seleção do que do Fluminense), nossa diretoria insiste que não precisamos de novos jogadores, que a manutenção é importante, que o planejamento é fundamental e, do nada, vendem meio mundo e pra repor vão buscar um cara de 29 anos na Arábia que ninguém nunca ouviu falar.
Acham normal que o mesmo time que ganhou o Brasileirão com três rodadas de antecedência não consiga mais trocar três passes.
A esperança de uma “retomada” é depositada num cara de 35 anos que não consegue jogar cinco jogos seguidos. Um cara que já adiantou que, em quatro meses, vai estar metendo o pé. Um cara que não consegue sequer chutar porque corre risco de arrebentar algum músculo.
Mas tá tudo bem, tudo certo, tudo bonito, é o planejamento do Rodrigo Caetano, o Pelé da gestão futebolística, um cara que recebe cinco zeros para... pra que, mesmo?
Vai ver é o futebol que tá certo e eu que tô errado.
Que tristeza. O nome “Flu da Depressão” nunca fez tanto sentido.
STs
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